domingo, 2 de julho de 2017

📺 O semestre que passou

Atualmente trabalho fazendo o que gosto. Muitos chamam de privilégio. Eu não chamo porque sei que ainda estou aquém do que mereço. Mas, de pouquinho em pouquinho, vou conquistando o que é meu.

Depois de muito apanhar da vida, o primeiro semestre deste ano foi particularmente bom. Um dos melhores que já vivi. Com a estreia do programa Tá Logado?, do qual sou roteirista, me livrei de vez do telejornalismo factual. Isso fez muito bem para minha saúde mental e, consequentemente, aumentou minha sensação de felicidade. Trocar aquelas notícias asquerosas que nada acrescentam às vidas das pessoas por conteúdo focado em tecnologia e entretenimento me fez muitíssimo bem. Me sinto muito mais útil para a sociedade. E quem me conhece sabe o quanto é importante pra mim me sentir útil.

Sair da pós-graduação em Cinema e Audiovisual também me fez bem. Meu cérebro estava em outros lugares durante o semestre e eu não consegui sintonizá-lo no curso. Era zero minha motivação para fazer os trabalhos, tanto os práticos como os teóricos. Nem os textos das aulas eu estava conseguindo ler. Como trancar não era uma opção, desistir foi uma decisão libertadora.

Além do Tá Logado?, meu cérebro estava muito ocupado com as aulas da autoescola e o Meu Tédio.

Sobre a autoescola, já fiz duas provas práticas para a categoria B (carro) e errei muita coisa. Talvez eu passe um dia. Talvez dirigir não seja mesmo minha vocação.

O blog Meu Tédio está se consolidando como um blog de dicas e, apesar de ter vários temas, conseguiu encontrar seus público maior: jovens adultos que usam smartphone, assistem Netflix e amam perfumes.

Já o canal Meu Tédio vai ter que redescobrir seu foco, já que os vídeos mais assistidos são sobre perfumes e eu pretendo escrever e falar cada vez menos sobre perfumes.

E o Meu Tédio - blog, Instagram e canal - também está se consolidando comercialmente. É, sem dúvida, um blog com fins lucrativos.

E eu sinto falta de falar de outros assuntos que não se encaixam em um blog comercial, como minimalismo, meditação e atenção plena (mindfulness).

Também sinto falta de escrever textos menos pragmáticos, sem objetivo óbvio, sem coesão obrigatória… como este.

Tenho usado o Instagram Stories para divagar publicamente e é muito bom, mas escrever é outra coisa e quem nasceu para escrever sabe do que estou falando.

É sempre bom ler e assistir divagações de outras pessoas porque ajuda a gente a organizar nossas próprias ideias. Também me sinto mais útil fazendo isso do que quando editava telejornal.

Neste inverno estou bastante preguiçosa até para atualizar Stories. Quando chego em casa só quero deitar na rede com meu Kindle. Atualmente estou lendo Deuses Americanos, Neil Gaiman. Quero terminar o livro antes de começar a ver a primeira temporada da série.

A ficção ajuda muito a não pensar tanto nos absurdos que estão acontecendo nos três poderes do Brasil e nas tragédias que ocorrem no mundo. Não estou falando que devemos ignorar os fatos, mas sim que não devemos ficar obcecados por esses assuntos. Livros, filmes, séries, música e outras expressões artísticas nos ajudam a manter a lucidez e até a pensar em soluções criativas para nos manter vivos e bem alimentados no meio desse caos.

É claro que a ficção não nos salva o tempo todo. Tive sim uns dias estranhos e complicados ao longo do semestre, como todo mundo. Mas tive muito mais dias bons.

Não sei o que vem por aí, mas sinto que o melhor ainda está por vir.

Até mais!

Foto: Pixabay

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