sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Meu monitor já está entre nós!

Meu computador está aqui… com monitor e tudo… e eu não sei o que fazer com ele. Na minha cabeça só vejo a minha tia reclamando que gasta energia, que isso, que aquilo.

O que eu quero mesmo é morar sozinha. Estou tentando dois empregos de telemarketing. Se eu tiver sorte nos dois dá pra pagar uma quitinete. Não posso desanimar. Não deixei minha família, minha paróquia, minha cidade em vão. Alguma coisa está reservada pra mim aqui. Vou continuar tentando. Mas acho que vou ter ainda mais ânimo pra tentar sozinha, sem ninguém me repreendendo por motivos tolos. Já que ninguém tem conselhos realmente relevantes para me dar (meu pai tem) nem colo para eu chorar quando me sinto mal (minha mãe tem), é melhor eu me virar sozinha.

Para não dizer que o PC está sendo de todo inútil, eu digito meus posts nele e na lan-house só "copio e colo" no blog. Este post, por exemplo, foi feito assim.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Não estranhe tanto

Eu continuo escrevendo off-line para publicar no blog quando estiver ' on-line, então não estranhe se você receber hoje (via feed) um post com data de um mês atrás. Normal! Eu escrevo os posts num caderno, digito em casa e publico na lan-house. Todo esse processo leva tempo mesmo. E eu escrevo em vários lugares, onde eu estiver. Todos os posts de hoje, por exemplo, estou escrevendo em um posto do Sistema Único de Sufoco (SUS), na fila de espera do ginecologista. A consulta estava marcada para 7h00, o médico chegou às 9h00 e às 10h30 ainda não fui atendida.

Alguns posts, mesmo tendo escrito há algum tempo, eu deixo com data e horário atuais, dependendo do contexto.

08/08/2007 18h28 - Para completar a informação só fui atendida às 11h20.

Decisões erradas?

Na atual situação em que me encontro, não é raro os outros (até mesmo aqueles que pouco ou nada pagam pelos meus erros) apontarem as decisões erradas que tomei, como se aquelas decisões fossem culpadas de tudo e que, se eu tivesse decidido diferente, tudo seria melhor, lindo, perfumado, perfeito. Mas não acredito nisso, ainda acho que, se estou aqui, é porque algo de bom está reservado para mim: um emprego, um cargo público, um mestrado, uma missão… Estou fazendo a minha parte e sei que não seria mais feliz se tivesse tomado essas mesmas decisões.

Você não deveria ter feito Jornalismo!

Confesso que, em partes, eu não deixo de concordar. Se eu tivesse feito Letras e/ou Matemática estaria feliz (porque amo as duas áreas) e empregada, mas provavelmente estaria acomodada e sem grandes pretensões para o futuro, morando em Goiânia, sem tempo para estudar para concursos… Não digo que seria pior, mas talvez fosse melhor eu não me acomodar, ter pouco para ter aspirações maiores e me movimentar. Se é que você me entende.

Também não duvido que estaria feliz e empregada se tivesse feito algum curso na área de informática. Sabem aquele ditado, "em casa de ferreiro espeto de pau"? Meu pai, que é técnico de informática desde muito antes de eu nascer, só começou a montar nosso PC (que hoje está comigo em Brasília) depois que eu já estava na faculdade de Jornalismo. Nesse ponto tenho muito a agradecer à faculdade de Jornalismo, porque foi lá que descobri que gostava mais de computadores do que de pessoas, assim como no Ensino Médio eu descobri que gostava mais de textos do que de pessoas.

Ainda vou completar 22, então não descarto a possibilidade de ser uma "jornalista letrada", uma "jornalista matemática", uma "jornalista programadora"… Mas, até para fazer outro curso eu preciso de um emprego, seja para pagar a própria graduação em faculdade particular, seja para pagar um cursinho pré-vestibular e tentar uma "segunda federal".

Já que fez Jornalismo, você deveria ter ido para o Rio ou para São Paulo!

Também concordo, mas não tenho contatos nessas cidades e muito menos dinheiro para pagar hospedagem. Para tentar a sorte nessas cidades eu teria que juntar uma grana primeiro e acumular duas férias no emprego (lembrando que ainda não tenho emprego nem para juntar o dinheiro e muito menos para acumular férias).

Você deveria ter ficado em Goiânia ou voltar para lá!

Para sofrer? Sem grandes expectativas? Fora caso de morte em família ou grave doença, existem três possibilidades de eu voltar para Goiânia:

  1. Minha mãe se internar em uma clínica de recuperação e/ou se recuperar milagrosamente.
  2. Eu ser nomeada em algum concurso público para lá e ter dinheiro para morar só.
  3. Eu conseguir um emprego e/ou trainee em multinacional na minha área de atuação e ter o dinheiro para morar só.
  4. Eu conseguir uma bolsa de mestrado lá e ter o dinheiro para morar só.
- E se você ganhar um prêmio milionário na loteria?
- Nem no Brasil eu fico, muito menos em Goiânia.

A primeira consulta

O título se refere à minha primeira consulta pelo Sistema Único de Sufoco (mais conhecido como SUS) em Brasília. Mais uma vez eu tive que usar o "jeitinho brasileiro": os especialistas dos quais realmente preciso com freqüência são o dermatologista (por causa da acne) e o neurologista (por causa da epilepsia), mas eu precisaria passar primeiro pelo clínico geral para ele me encaminhar para esses especialistas. No posto de saúde menos distante da minha casa, em Taguatinga Sul, a situação está tão caótica que não há previsão para marcação de consultas com clínico geral (tanto que nunca tinha me consultado lá), mas descobri que tinha vaga para ginecologista. Mesmo sem ter interesse nem necessidade de me consultar com o ginecologista, marquei só para pedir o encaminhamento para o neurologista.

Na verdade esse "encaminhamento" é o direito de ficar numa lista de espera aguardando vários meses (talvez anos) e ainda correr o risco de perder a oportunidade de marcar a consulta porque no dia em que ligaram o telefone que você deixou estava ocupado, bloqueado ou simplesmente ninguém atendeu (eles só anotam um telefone e só serve fixo). Como sou realista, nem vou perder tempo pedindo encaminhamento para dermatologista, vou deixar esse especialista para quem tem graves lesões cutâneas e precisa se consultar com freqüência maior e/ou cujos remédios são mais caros. Eu já sei o que eu preciso usar, só me falta dinheiro para comprar. Ao contrário da acne, a epilepsia, sem a medicação de controle, me traz riscos de vida.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Vou ver a vovó

No próximo final de semana vou ver minha avó. Eu sempre tenho um bom pretexto para ir a Goianésia, caso contrário a cidade parecerá entediante demais.

Da última vez que fui à cidade onde nasci, foi para assistir ao casamento da prima Lorena Patrícia que, órfã de mãe e criada pela nossa avó, foi uma das minhas melhores amigas na infância e na pré-adolescência, quando fazíamos até planos de um dia morarmos juntas em Goiânia e etc. Bons tempos!

Voltando à vida atual, eu ainda sou hóspede na casa de uma tia e, como "levei o cano" na última empresa onde trabalhei, estou muito constrangida por ainda não ter recebido nem conseguido outro emprego. Não tenho dinheiro nem para pagar ônibus para distribuir currículos.

Análise nada científica sobre o preço do vale-transporte em Brasília

Só para ilustrar, o preço da passagem de ônibus coletivo de onde eu moro para o Plano Piloto é R$ 3,00. Totalmente desproporcional à distância (menos de vinte quilômetros) e ao piso salarial dos trabalhadores do comércio do DF, que é de R$ 450,00. Muitas empresas de comércio ainda dão um "jeitinho" e se classificam como empresa de serviços e/ou indústria para pagar o salário mínimo de R$ 380,00. Considerando que um funcionário de Brasília trabalhe 24 dias no mês e ganhe salário mínimo, o vale transporte chega a 38% do valor de seu salário. Para um trabalhador de Goiânia, nas mesmas condições, essa proporção não chega a 23%. Vale lembrar que a média salarial do funcionário privado em Goiânia é maior do que em Brasília. Não interessa nessa análise o salário do servidor público, já que esse abençoado, na maioria dos casos, não precisa andar de ônibus, no máximo deixa o carro no estacionamento e pega o metrô para chegar mais rápido e não sofrer no engarrafamento.

Voltando à iniciativa privada, não é em vão que grandes indústrias e call-centers que já tiveram sede aqui estão "fugindo" para Goiânia e Anápolis, já que quem paga o vale-transporte do trabalhador é a empresa. Outro problema que existe aqui é a variedade de preços de passagens de ônibus: tem de R$ 1,50, R$ 2,00, R$ 2,50 e R$ 3,00, o que é um ponto a menos para quem "mora longe" dos grandes centros comerciais conseguir emprego, sendo que geralmente são esses que mais precisam. (*Os valores das passagens citados são apenas dentro do DF, não incluí o entorno. Dependendo da cidade do entorno é até mais barato do que entre Taguatinga e o Plano Piloto, por exemplo.)

Em Goiânia eu ía para a faculdade (mais de vinte quilômetros) pegando quatro ônibus e pagando uma única passagem, ou melhor, meia, porque eu era estudante. Aqui não existe integração e, dependendo de onde saímos e onde queremos chegar, é necessário pagar quatro ou mais ônibus. Não sei se você entendeu onde eu quis chegar, mas o fato é que uma das iniciativas necessárias para amenizar o desemprego no DF é unificar e diminuir o preço da passagem de ônibus coletivo, além de fazer estações de integração entre as linhas.

Falei, disse e repito se preciso!

Como eu estava dizendo…

Voltando ao assunto anterior ao adendo, por causa da minha situação fico com vergonha até de sair do "meu" quarto, de fazer as refeições com a família, de tudo mesmo.

Sempre que eu converso com meus pais ao telefone ou com meu pai no Messenger, eles pedem para eu voltar, mas sei que lá vou ficar mais entediada e constrangida ainda, sem falar que lá não se pode dormir, não tem cadeira para sentar, não tem porta para fechar e, geralmente, não tem comida para fazer/comer. Um caos! Aqui pelo menos tenho esperanças porque há algumas empresas de comunicação e muitos concursos públicos. Em Goiânia… sem comentários.

Não comecei esse post para falar sobre coisas que não deram certo, mas quando escrevo para meu blog sou muito obediente às minhas sensações e aos meus sentimentos, então vira essa salada digital.

Vou a Goianésia para…

Não sei se vocês se lembram, mas no primeiro parágrafo desse enorme post eu disse que tinha um pretexto para ir a Goianésia. Dessa vez é um concurso público daquele banco famoso que patrocina as seleções brasileiras de vôlei. Eu poderia ter me inscrito para Goiânia e/ou para uma das cidades goianas do entorno de Brasília, mas quando vi o nome da minha cidade natal piscando no edital parecia os olhos da Vó Bela piscando pra mim (dessa vez exagerei!). O casamento da Lorena (segundo parágrafo) foi em abril do ano passado. Planejei voltar para Goianésia em abril deste ano, na Páscoa, mas acabei indo pra Goiânia mesmo. Além do pretexto emocional eu tenho uma excelente justificativa de concurseira: os números comprovam que, no interior, além da concorrência ser menor, o ponto de corte também é porque os candidatos se preparam menos (não porque são mais relaxados, mas porque há menos cursinhos, menos bancas de revistas vendendo apostilas, menos tradição em prestar concursos, etc.) Como é uma empresa presente em todo o Brasil, nada impede que quem passar para Goianésia tente e consiga transferência para Goiânia, Brasília, Florianópolis, Fortaleza… Ter curso superior vai ser útil nessa hora. Ah! Que delícia esse Brasil!

Mas nem tudo são flores. Estou prestando concurso para cadastro de reserva, não para vagas abertas. Em abril do ano passado (uma semana antes do casamento da Lorena) eu prestei concurso para o mesmo banco, havia milhares de vagas e eu não passei. Tenho bastante dificuldade para entender conhecimentos bancários, talvez por falta de professor, já que até hoje só estudei essa matéria sozinha.

É melhor eu parar de escrever e voltar a estudar porque agorinha a faxineira chega ao meu quarto e não poderei mais estudar, nem escrever.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Um ano em Brasília: fracasso ou sucesso?

Que loucura! Já tem um ano que estou aqui nessa capital federal com clima de deserto, passagens de ônibus caríssimas e desiguldades sociais gritantes.

Clima de deserto acho que todos já sabem como é: quente de dia, frio de noite, tempo seco, muito vento, muita poeira. O clima aqui é tão seco que, mesmo nos dias mais quentes, dificilmente ficamos molhados de suor porque evapora rápido, muito antes de percebermos.

Em todo o Brasil há muita desiguldade social e Brasília é um espelho fiel desse fato que mantém o país no rol de subdesenvolvidos. Aqui a dicotomia entre ricos e pobres pode ser tranqüilamente exemplificada pela dicotomia entre servidores públicos e funcionários privados.

Concursos

Já não sei se compensa investir dinheiro em cursinhos para concursos. Não digo que não compense estudar, mas pagar cursinho. Ao invés de cursos para concursos eu poderia aperfeiçoar meu inglês, evoluir meu espanhol, aprender italiano, começar a programar, aprender libras… ou seja, me preparar mais para o mercado de trabalho, seja ele público ou privado. Nem sei porque estou escrevendo isso! Nem emprego eu tenho para pagar essas coisas. Ah! Deixa pra lá! Só queria desabafar mesmo.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Via6 cada vez mais profissional

A rede profissional Via6 está cada vez mais incrementada e interativa, sem abandonar o delicioso layout clean e simples. Se você ainda não tem cadastro, vale a pena experimentar. Mesmo se não tiver interesses profissionais na rede (o que é muito raro nos dias de hoje), você poderá utilizar o Via6 para saber mais sobre assuntos do seu interesse, para ler seus feeds favoritos e para conhecer gente com interesses em comum, tudo isso sem todas aquelas propagandas e perfis falsos que nos irritam no orkut. Se você se cadastrar, me adicione à sua rede: www.via6.com/helen.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Testando o meu PC

Meu computador chegou segunda-feira, mas só hoje (quinta-feira) o testei. Ainda não tenho monitor, então aproveitei que não tinha ninguém em casa para usar o monitor da minha tia. Agora mesmo tenho que colocá-lo de volta no lugar porque minha prima deve estar chegando. Também não tenho mesa ainda e está tudo no chão (monitor, cpu, teclado, mouse, caixas de som…). Ele tem Internet sem fio, mas pelo menos hoje não consegui captar nenhum sinal emprestado e continuo off-line. O HD é o mesmo que eu utilizava na casa dos meus pais, em Goiânia, então a maioria dos meus arquivos e programas já estão na máquina.

Passei boa parte da tarde fuçando no PC, conversando com meu pai no MSN (pelo celular) e agora a pouco liguei pra ele para esclarecer algumas dúvidas difíceis de detalhar naquela tela pequeninha do telefone móvel.

Ainda hoje vou participar da reunião da equipe de liturgia da Comunidade São Francisco de Assis. É aqui no meu bairro, só que não é perto nem seguro para ir a pé sozinha, sorte que tenho umas vizinhas motorizadas da quadra de cima que participam e talvez eu consiga carona.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Levando o cano adoidado

A minha cara de feia, pobre e analfabeta engana, tanto que todos querem "me dar o cano", "me passar rasteira", me fazer de otária.

Só fica difícil quando deixam de pagar os produtos que eu revendo e por isso não vendo fiado mais! Quanto às pessoas que já levaram sem pagar, vou ter que fazer uma pressão moral-psicológica. Acho que descobri mais uma utilidade para o orkut…

Quanto às empresas que não me pagarama ainda, vou ter mais trabalho para pressionar. Dizem que a justiça do trabalho é a mais célere, então, rezo diariamente para nunca precisar das outras. "Ô trem enrolado do caramelo!!!" A vida é curta demais ára desperdiçarmos tempo com advogados e juízes (a não ser que eu me case com um juíz, é claro!).


- Helen, você é muito contraditória! Num post diz que quer casar, noutro diz que não…
- Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
- Metamorfose ambulante? Você é a pessoa mais turrona que conheço. Nem os fatos te fazem mudar de idéia.
- Fatos? Que fatos? Tudo é ilusão, imaginação, fruto da individual construção.
- Ah! Tá!
- Além disso, eu não disse que quero me casar, eu disse "a não ser que eu me case(…)".
- Então há uma possibilidade?
- Uma em um trilhão, na prática isso é mais próximo de zero do que de um.
- Não consigo te entender…
- Não mandei você tentar!